Por Jayme Fogagnolo Cobra
Quando o cinema foi criado, muitos disseram que ele ia matar a fotografia. Quando a televisão foi criada disseram que ela ia acabar com o rádio. Quando a internet se popularizou disseram que ela ia acabar com os livros. Pois bem, os livros, o cinema, a fotografia, a televisão e o rádio continuam todos aí, cada um cumprindo o seu papel na nossa formação e na construção da sociedade.
É o nosso cérebro primitivo, que ainda reage às possíveis ameaças, que faz com que enfrentemos as mudanças com todo esse receio. No entanto, ao focar em momentos tão específicos perdemos a visão do todo. São as mudanças que nos levaram a evoluir e nos trouxeram até aqui. E quem sabe até onde mais elas nos levarão.
Esse é o caso da telemedicina. A telemedicina nada mais é do que usar os novos recursos de telecomunicações para fornecer informações médicas de forma remota. Pode ser usada para consultas online, leitura de exames, troca de informação entre os profissionais, acompanhamento a distância de pacientes. No começo do ano passado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma nova regulamentação sobre o tema, que logo depois foi revogada e que ainda continua em discussão.
Há quem acredite que o uso das novas tecnologias da vai enfraquecer as relações entre médico e paciente. É um risco que só será incorrido caso o médico se acomode em sua zona de conforto. Uma situação que meu avô já descrevia quando percebeu que alguns médicos começavam a valorizar mais os exames de imagem, do que a contato com o paciente. Aqui na clínica, nós fazemos o diagnóstico precoce utilizando, sobretudo, a boa e velha propedêutica – sem prescindir, claro, de todos os recursos técnicos, tecnológicos e de imagens que hoje estão à disposição, mas quando necessário.
Eu penso que a tecnologia vai sim fortalecer a relação entre médicos e pacientes, principalmente com aqueles doentes em tratamento para doenças crônicas, como as que tratamos. Não me refiro ao contato apenas presencial, no dia da consulta, no exame físico, mas sim o contato permanente, o acesso ao médico, o fortalecimento da relação de confiança seja por meio de um simples telefonema ou uma mensagem de texto ou de voz. Isso nós fazemos há décadas, isso é fundamental para o sucesso do tratamento. Se um médico decidir realmente exercitar o olhar, esse profissional pode usar as novas tecnologias de comunicação como uma forma de aproximação e contribuição ao acesso à saúde.
As Health Techs, startups da área de saúde, estão hoje no terceiro lugar no ranking de investimentos. Hoje tive a felicidade de participar do Painel “Telemedicina: o futuro chegou”, ao lado de outros médicos e profissionais da área, sobre a plataforma Conexa Saúde. A Conexa nosso novo parceiro é uma plataforma digital que promove a conexão de pacientes e profissionais de saúde por meio da tecnologia, cuja missão é revolucionar o acesso à saúde, tornando a jornada e experiência do paciente mais fácil, segura e humanizada. A equipe da Cobra Reumatologia faz parte dessa jornada, respondendo por toda a parte da reumatologia. Estamos aliando os 75 anos de tradição da Família Cobra com a inovação da telemedicina em benefício aos maiores interessados nisso tudo que são os nossos pacientes.
Estamos a viver numa Era fantástica, na qual somos os protagonistas de um grande salto evolucionário nas relações humanas e o setor de saúde está fortemente inserido nesta transformação. Acredito que veremos mais mudanças na medicina nos próximos anos do que vimos em todo o século passado. E estou extremamente estimulado a participar dessas transformações, trazendo todo o espírito vanguardista que permeia a história da nossa Clínica nesses últimos 75 anos.
Jayme Fogagnolo Cobra, Médico na Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra.
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