É possível que na correria do dia a dia grande parte das pessoas não se deem conta da enorme importância funcional que as mãos têm no nosso corpo. Essa região é composta por uma série de órgãos diferentes, que trabalham de forma orquestrada para o desempenho otimizado das suas funções, como músculos, ossos, ligamentos, tendões, nervos, vasos, pele, dentre outros.
As causas mais comuns de dores nas mãos e punhos
A dor frequente é manifestação de que algo está errado nas mãos. Há inúmeras causas que podem acarretar dores nas mãos, destacando-se como mais comuns a osteoartrite, artrites, lesões das partes moles e mecânicas por esforço repetitivo e síndrome do túnel do carpo.
Vale lembrar que, apesar de algumas faixas etárias apresentarem mais queixas em relação a problemas nas mãos, é preciso ter em mente que todas as pessoas, em qualquer idade, podem ter manifestações de infortúnios por diferentes motivos.
Artrites x Artroses
A osteoartrite – popularmente conhecida como artrose – é basicamente caracterizada por um desgaste progressivo do componente articular cartilaginoso do osso e de todas as estruturas ao seu redor. É comumente uma doença que acomete pessoas mais idosas e, quanto mais idade tiver, maiores são as probabilidades de desenvolver um processo de artrose
Já, o nome “artrites” não se refere a uma única doença, mas sim a um grande grupo de doenças diferentes que têm como principal característica a inflamação articular, e não o desgaste, a destruição da junta – apesar de haver a possibilidade de surgirem desgastes ao longo da doença. No entanto, nesses casos, os desgastes são consequência das artrites, e não de uma doença específica. Dentre as artrites, a artrite reumatoide é a mais importante, podendo evoluir para situações extremamente graves.
Enquanto na artrose a dor se manifesta pelo esforço do movimento, nas artrites as dores se apresentam em repouso, geralmente pela manhã e à noite, quando as mãos estão paradas, tendendo a melhorar justamente com o movimento. Essa diferença é fundamental para auxiliar a distinguir uma causa da outra.
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Sobre Felipe Mendonça de Santana: Reumatologista e clínico geral, Felipe Mendonça de Santana é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (2012), com residência em Clínica Médica e Reumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), onde também atuou como médico preceptor em Reumatologia, assim como no Hospital dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo. Em sua linha de pesquisa, Felipe defendeu seu doutorado em 2019, na FMUSP, com a seguinte tese: “Efeito da massa muscular e adiposidade total e visceral sobre a mortalidade em idosos brasileiros da comunidade: um estudo prospectivo de base populacional”. Ao longo de sua carreira, Felipe Mendonça teve trabalhos premiados, em projetos de pesquisa conjunta, tais como Prêmio Jovem Pesquisador (Efeito da sarcopenia e adiposidade total e visceral sobre a mortalidade em idosos brasileiros da comunidade: estudo prospectivo), em 2017; Prêmio de segundo melhor trabalho oral, no XXII Encontro de Reumatologia Avançada, em 2016.
* Felipe Mendonça é reumatologista, na Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra, em São Paulo.
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